12/11/2016

After The End - 03 - Forget

“Eu tentei continuar como se nunca tivesse te conhecido
Eu estou acordado, mas meu mundo está adormecido.
Eu rezo para este coração se curar
Mas, sem você, tudo o que serei é incompleto” – Imcomplete, Backstreet Boys

16 de Fevereiro 20h12min PM – Stratford, Canadá.
Justin Bieber Point Of View
Era como se não existisse mais um chão abaixo dos meus pés. Ela não podia ter morrido, não podia ter me deixado. Isso não podia ser verdade, era apenas um sonho e eu iria acordar a qualquer momento com ela ao meu lado.
–Isso é mentira ela não morreu – Disse passando as mãos pelos cabelos enquanto sentia meus olhos marejados.
–Eu sinto muito meu filho, eu também queria que isso fosse uma mentira – Disse minha mãe me abraçando enquanto algumas lágrimas já rolavam por minha face.
–NÃO, não, não ela não pode mãe, eu disse que a odiava, a culpa disso é minha – Disse me separando de seu abraço e a encarando me lembrando completamente das ultimas palavras que dirigi a ela.
–A culpa não é sua, meu filho, você fez o que achava certo – Disse minha mãe mas eu apenas balancei a cabeça negando.
–Ela pediu mãe, ela me pediu para acreditar nela, ela disse que me amava e a única coisa que eu fiz foi dizer que a odiava e a mandei embora – Disse sentindo toda a culpa me consumir.
–Você não pode se culpar por isso meu filho, por favor, não faça isso consigo mesmo – Disse minha mãe.
–Fui eu que a matei. Se não tivéssemos brigado ela estaria aqui comigo neste momento e você sabe disso mãe – Disse
–Justin tem que parar com isso, eu sei que é difícil pra você filho, mas você tem que aceitar isso, a culpa não é sua, você tomou sua decisão e ela gerou uma consequência. Você tem que aceitar isso meu filho – Disse minha mãe e eu respirei profundamente a encarando logo após.
–Quando será o enterro? – Perguntei sentindo uma lágrima descer pela minha face, como isso pode acontecer?
–É amanha pela manha. Você não precisará ir a escola pode faltar para poder ir ao enterro – Disse ela
–Eu não vou ao enterro mãe – Disse a ela
–Por que não? – Perguntou-me ela
–Eu não posso – Disse saindo dali, antes que tivesse de lhe explicar mais sobre isso a ela.
Subi rapidamente as escadas e entrei em meu quarto trancando a porta atrás de mim. Eu não podia ir, não aguentaria vê-la sabendo que tudo era por minha culpa. Era por minha causa que ela estava morta agora, e eu jamais iria me perdoar por isso.
Eu precisava esquecer tudo nem que por um instante e era exatamente isso que eu iria fazer. Caminhei ate meu banheiro e me despi ligando o registro de água entrando debaixo dele segundos depois. Ensaboei todo meu corpo e depois o tirei. Desliguei o registro de água e sai do banheiro voltando para o quarto.
Caminhei diretamente para meu closet e peguei uma regata preta, um short jeans claro e uma jaqueta de couro preta e me vesti. Coloquei um boné preto com a aba virada para trás, um relógio de ouro, uma corrente também de ouro e calcei um par de supras preto.
Peguei meu celular sobre o criado mudo ao lado da cama e sai do quarto, desci as escadas rapidamente e minha mãe ainda estava na sala, ela mais uma vez falava ao telefone e como eu não estava muito bem para dar explicações a ninguém, sai direto após pegar minha chave no porta chaves que ficava na parede. Entrei na garagem e abri a porta do meu carro entrando no mesmo. Acionei o botão para que o portão se abrisse e assim que isso aconteceu eu sai cantando pneu pelas ruas calmas de Stratford.
Era difícil demais aceitar que ela havia partido, mesmo que tivesse mentido pra mim, eu não queria isso, eu a amava como sei que ela jamais iria me amar e eu a perdi pra sempre.
Parei meu carro assim que cheguei ao meu destino e desci do carro acionando seu alarme. Eu não estava nem um pouco a fim de enfrentar a fila e como era um antigo cliente vip, eu consegui passar direto. Caminhei ate o bar enquanto sentia vários olhares sobre mim.
–Uma garrafa do uísque mais forte que você tiver – Disse assim que me sentei em um daqueles banquinhos e o barman apenas assentiu.
Olhei em volta observando as pessoas dançarem enquanto as batidas de uma musica qualquer ecoavam pela boate. Fazia um bom tempo que eu não ai a uma boate, Diana não gostava muito de lugares como esse e por ela eu deixei de os frequentar, com toda certeza foi um desperdício como tudo que eu fiz por ela.
–Senhor, aqui está sua bebida – Disse o mesmo barman interrompendo minha linha de raciocínio. Virei-me pra ele e agradeci pegando a garrafa e deixando o copo que ele havia deixado a minha disposição no mesmo lugar.
Virei à garrafa em minha boca enquanto observava uma loira que dançava na pista e que por acaso olhava diretamente para mim. Ela era bonita e tudo que eu queria nesse momento era esquecer o resto do mundo e a garota pela qual eu sofria. Ela não merecia meu amor, apenas meu ódio.
A garota sorriu pra mim e eu me levantei deixando que qualquer pensamento sobre Diana fosse deixado de lado. Eu não precisava me lembrar dela, e não iria. Aproximei-me da garota que abriu ainda mais o sorriso pra mim sem deixar de dançar e eu segui seus movimentos dançando junto a ela.
–Eu sou Rebecca, qual seu nome? – Disse ela um pouco alto para que eu pudesse ouvi-la em meio a musica alta.
–Justin. Bem o que você acha de irmos para um lugar mais reservado Rebecca? – Disse sorrindo e ela assentiu sem por um segundo se quer deixar de sorrir.
Caminhamos por entre as pessoas enquanto Rebecca continuava a dançar e ela puxou a garrafa de uísque da minha mão virando em sua boca e bebendo um pouco do liquido. Depois ela voltou a me encarar e estendeu a garrafa em minha direção e eu sorri virando a mesma em minha boca e tomando o resto do uísque. Ela sorriu e para mim mordendo os lábios e passou os braços pelo meu pescoço e eu segurei sua cintura com firmeza beijando seus lábios segundos depois.
Ela beijava bem, mas por um segundo a imagem de Diana veio a minha mente e por conta disso eu acabei me afastando de Rebecca que me encarou sem entender o porquê da minha atitude. Eu não devia me sentir culpado, ela me traiu e eu não devo me sentir culpado pela sua morte, isso aconteceu por um descuido dela e não por algo que eu tenha feito.
–Ei Justin, aconteceu alguma coisa? – Perguntou Rebecca passando uma das mãos diante dos meus olhos e eu a encarei.
–Não, eu é que peço desculpas, vamos esquecer isso e continuar de onde paramos – Disse e ela sorriu assentindo.
Eu não deixaria que Diana voltasse a preencher meus pensamentos, não importa o eu tivesse que fazer para não pensar mais nela, eu faria qualquer coisa para esquecê-la de uma vez.

Lola se afastou de mim e sorriu pegando a minha mão. Ela me puxou e saiu me guiando em meio as varias pessoas que dançavam próximas umas das outras. Eu não iria me negar a nada naquele momento, deixaria minha mente livre de Diana de qualquer forma, ela estava morta e a única coisa que eu queria era esquecer que ela existiu e que nos dois tivemos uma historia.

Olá amores, bom queria me desculpar pela grande demora. Esse capitulo está pronto a bastante tempo, mas eu não consegui postar antes. Peço que me ajudem a divulgar a fanfic e que comentem o que estão achando. Talvez agora as coisas pareçam um pouco confusas, mas no decorrer dos capítulos tudo vai se encaixar. Prestem bastante atenção nas datas em que tudo acontece, porque a fanfic tem muitos flashbacks. Eu pretendo voltar a postar no blog com frequência ainda esse ano e espero que alguém ainda leia o blog. Senti saudades e estou feliz por estar voltando. Tenham uma ótima leitura e até o próximo capitulo.

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