01/12/2014

Someday At Christmas - Prólogo


01 de Dezembro de 2014 – 15h37min PM – São Paulo, Brasil.
Louise Brown Point Of View
Desci do banco de trás do carro acompanhada de Eduarda minha irmã mais nova. Ela sorriu enquanto dava leves pulinhos de alegria feliz da vida com que iria fazer. Sorri com aquilo mesmo não estando muito animada e balancei a cabeça de forma negativa. Como essas crianças conseguiam acreditar em algo tão superficial e falso como papai Noel?  Tudo bem que no natal era dele um dos assuntos ao qual as pessoas se dedicavam a falar mais ele era uma completa mentira.
Todos tinham o direito de saber de sua farsa, principalmente as crianças que são seu alvo de ataque. Eu sei que poderia ser meio fria e insensível mais pra mim tudo isso era patético. Não destruiria o sonho de minha irmã em conhecê-lo é claro mais não estava contente em ter que vir.
Caminhei sorrindo falsa ao lado de minha mãe e minha pequena e amável irmã ate a entrada do shopping enquanto ainda me perguntava o porquê de ter que acompanhar aquilo. Revirei os olhos ao entrarmos e assim pude observar aquela decoração falsa e totalmente ridícula de natal.
Em minha opinião esse é o pior feriado do ano serio. Pessoas se abraçando, dando presentes umas pras outras e o principal de tudo, esbanjando sua falsidade. Todos tem a mania de colocar a melhor roupa e fazer uma ceia pra pessoas que de qualquer forma reclamaram de algo no final. Isso é totalmente patético, todos os anos a mesma coisa.
-Louise quero que leve sua irmã pra conhecer o papai Noel enquanto eu irei comprar algumas coisas – Disse minha mãe Marta chamando minha atenção pra si e tirando-me totalmente desses devaneios
-Ah mãe, por favor, né. Se eu tive que vir ate aqui pelo menos me deixe longe dessas coisas. Eu quero comprar algumas roupas e não estou afim de ir conhecer o papai Noel – Disse a ela
-Querida, por favor, sei que você não gosta mais só dessa vez – Disse ela e eu revirei os olhos já sem paciência.
-Por favor, Louise vamos comigo conhecer o papai Noel – Disse Eduarda e assim eu suspirei
-O que eu não faço por você Duda? – Perguntei a ela que sorriu
-Obrigado filha, daqui uma hora nos encontramos na praça de alimentação – Disse minha mãe e eu assenti saindo dali junto a minha irmã.
Olhei algumas vitrines durando meu curto trajeto e logo estávamos na parte em que o papai Noel ficaria no shopping. Uma casa e vários enfeites foram colocados no local e ao centro de tudo uma cadeira estofada vermelha com um homem vestido de papai Noel. Havia também uma fila de crianças para tirar fotos e pedir seus presentes. Algumas chorando vendo o homem de barba grande enquanto outras pulavam enquanto sorrindo de alegria esperando sua vez. Como podiam ser tão ingênuas? Isso tudo era tão falso.
Senti minha mão ser puxada enquanto ainda observava tudo e pude notar que minha irmã caminhava ate a fila enquanto me puxava com muito esforço. Caminhamos ate o fim da fila e assim paramos ali esperando que chegasse a vez de minha irmã.
Conforme os minutos foram passando a nossa vez finalmente chegou fazendo com que minha irmã corresse ate o homem de barba branca que se dizia o papai Noel. Ele sorriu pra ela que o abraçou e assim ele a sentou sobre sua perna direita enquanto a ouvia falar milhões de coisas, provavelmente pedindo presentes. Sorri mesmo não gostando daquilo, apenas por ver minha irmã feliz e me aproximei deles fazendo com que seus olhares viessem a mim enquanto minha irmã ainda falava.
-E quem é essa jovem? Veio me trazer sua cartinha também querida? – Disse ele e eu revirei os olhos de forma discreta. Ate parece que eu faria isso
-Não eu estou apenas acompanhando minha irmã – Disse tentando ser educada mesmo com aquela situação nada agradável
-Oh sim, mais por que não pede algo também? Aposto que tenha algo que você queira – Disse ele sorrindo de forma gentil
-Não obrigado, irei apenas tirar uma foto sua com minha irmã tudo bem? – Perguntei e ele assentiu
Peguei o celular que estava em meu bolso e coloquei na câmera tirando uma foto dos dois. Minha irmã sorriu em seguida e caminhou em minha direção. Sorri pra ela e voltei meu olhar aquele papai Noel falsificado.
-Coisas inimagináveis podem nos acontecer minha querida, não duvide de nada pois aquilo no que você menos acredita pode te trazer coisas maravilhosas – Disse ele e eu fim uma careta o dando as costas
Esse cara só pode ser louco. O que ele sabe sobre mim ou sobre a minha vida? Absolutamente nada, então não devia sair dizendo besteiras sem o menor sentido por ai.

Caminhei junto a minha irmã pra longe daquela parte do shopping, rumo a praça de alimentação onde minha mãe nos esperaria. As palavras ditas pelo homem voltaram a minha mente e eu por um segundo parei pra pensar o que ele queria dizer com aquilo. Voltei a minha realidade percebendo a besteira em que acabara de pensar e suspirei pesadamente. Não irei mudar minha opinião sobre o natal somente porque havia falado com papai Noel falso. Eu não gosto deste dia e isso não ira mudar agora...

Bom é isso, espero que gostem e amanha eu estou de volta.

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